segunda-feira, 28 de março de 2016

Honda CB500X - Lançamento

Honda CB500X Branca
Honda CB500X Branca (2015)

    No dia 21/03/2014 a Honda anuncia oficialmente a comercialização de uma nova moto no Brasil, a CB500X.  Conhecida  na Europa desde 2013, ela é a integrante de uma família composta por outras duas motos, a CB500F (Naked) e a CB500R (Sport), sendo a versão X a mais "aventureira" da turma, pois se enquadra no que a Honda chama de Crossover (motos on/off road).
    Veja a notícia da Honda Brasil na época:

Notícia do lançamento da Honda CB500X

    A 500X não inaugurou esse conceito Crossover, que podemos dizer que foi usado inicialmente com a VFR800X Crossruner, depois também foi usado na NC700X (da família NC700N e NC700S), e seguindo a receita da família NC, surgiu a CB500X.

    Tanto a 500X quanto as suas irmãs foram idealizadas com o objetivo de serem fáceis de pilotar, e para aqueles que querem sair das motos de "baixa cilindrada", mas não querem se aventurar na "alta cilindrada", além de ser uma moto resistente e de baixa manutenção.

    Honda bicilíndrica de quase 500cc, 8 válvulas e refrigeração líquida não é uma novidade no Brasil, pois entre os anos de 1997 e 2005 foi produzida a CB500, uma naked que é adorada até hoje por muitos motociclistas, e na época ela também era uma moto intermediária entre a 250 e 600cc.

Honda CB500 Special Edition

    Depois  de 2005 até 2014, quem gostava da marca e queria subir um pouco de cilindrada se sentia órfão, pois ou continuava nas baixas cilindradas, ou pulava diretamente para a alta cilindrada.  Por fatores econômicos acabava ficando na baixa cilindrada, ou se aventurava nas usadas de alta cilindrada.  Até existia uma opção, a Honda NX400 Falcon, mas motos Trail nunca foram as preferidas da maioria dos brasileiros.

    De 2014 até o momento deste post (2016), consultando um site onde os usuários avaliam suas motos, a CB500X era recomendada por todos, ou seja,  acho que até o momento a moto está cumprindo o seu papel.


Ficha Técnica da Honda CB500X 2013
Propulsor
Motor
471cc , DOHC, dois cilindros, 4 tempos, arrefecido a líquido
Potência máxima
50,4 cv a 8,500 rpm
Torque máximo
4,55 kgf.m a 7.000 rpm
Diâmetro x curso
67,0 x 66,8 mm
Alimentação
Injeção eletrônica de combustível PGM-FI
Relação de compressão
10,7 : 1
Sistema de lubrificação
Forçada, por bomba trocoidal
Sistema de ignição
Eletrônica
Sistema de partida
Elétrica
Elétrica
Bateria
12V – 8,6 Ah
Farol (alto/baixo)
60/55 W
Transmissão
Transmissão
6 velocidades
Embreagem
Multidisco em banho de óleo
Suspensões
Suspensão dianteira
Garfo telescópico com 140 mm de curso
Suspensão traseira
Pro-Link com 118 mm de curso
Freios
Freio dianteiro*
Disco de 320 mm de diâmetro.
Freio traseiro*
Disco de 240 mm de diâmetro.
Pneus
Pneu dianteiro
120/70 - 17
Pneu traseiro
160/60 - 17
Dimensões/Capacidades
Altura do assento
810 mm
Altura mínima do solo
170 mm
Dimensões (C x L x A)
2.095 x 830 x 1.260 mm
Entre-eixos
1.420 mm
Óleo do motor
3,2 litros (2,7 litro para troca)
Capacidade do tanque
17 litros (2,8 litros de reserva)
Outros
Categoria
on/off
Chassi
Tipo Diamond
Peso seco
STD: 180 kg | ABS: 182 Kg
*  Existe a opção de modelo com ABS.


Referências:
Anúncio oficial da CB500X no site da Honda:
http://www.honda.com.br/imprensa/noticias/Paginas/CB500X,amaisnovaintegrantedafamíliaHonda500.aspx

Site mundial da Honda sobre a família 500:
http://world.honda.com/CBR500R-CB500F-CB500X/index.html

Anúncio no site mundial da honda da família 500:
http://world.honda.com/news/2012/2121113EICMA2012/index.html

Um pouco sobre a Honda CB500 (1997-2005):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Honda_CB_500

Avaliação dos usuários de CB500X:
http://www.motonline.com.br/guia-de-motos/honda/cb-500-x#todasavaliacoes


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Viagem para Canela e Gramado - RS

    Em fevereiro de 2014, já havia compartilhado aqui a viagem feita para Canela e Gramado, e como foi uma visita muito prazerosa na época, em 2016 repetimos a idéia.  Na primeira vez a tentativa foi visitar os locais mais conhecidos, mas desta vez a meta foi descansar, conhecer outros locais e talvez visitar novamente os que gostamos mais.

    Sobre a rodovia, foi notado um grande salto na qualidade, pois os locais antes em obras, nesta viagem a maioria estava terminada, com destaque para a ponte Anita Garibaldi, em Laguna/SC, que ficou muito linda (única estaiada em curva do país até o momento).  Também tivemos a sorte de pegar um belo dia ao passar pela Rota do Sol/RS, garantindo belas fotos, tanto na ida quando na volta.

Ponte estaiada Anita Garibaldi em Laguna/SC
Ponte Anita Garibaldi - Laguna/SC

Paisagem na Rota do Sol - RS

Túneis na Rota do Sol - RS

Vídeo da passagem pelo Túnel da Reversão - RS

    Como da última vez, ficamos hospedados na Vila Suzana Parque Hotel em Canela/RS, e não desperdiçamos a oportunidade de aproveitar mais as belas e ótimas acomodações.  Como fica em um local bem tranquilo, foi muito bom para "descansar" da viagem.

    O primeiro objetivo foi conhecer o Parque Vale da Ferradura em Canela.  A estrada que leva até lá é conhecida como Caminho das Graças, pois ao longo da estrada existem várias mini capelas até o parque que termina com uma capela de vidro que contém a imagem de N.Sra. das Graças.  Infelizmente as pequeninas capelas estavam mal conservadas.  Mas sobre o parque, gostamos bastante do que vimos, porque além de uma natureza exuberante, possui algumas trilhas, locais com churrasqueiras para que você possa se reunir com os amigos, além de uma estrutura bem completa.  Se for de moto, é um local interessante para ser visitado em dia de sol, pois como boa parte da estrada é de terra batida e cascalho, ao chover adquire uma emoção à mais (experiência própria).

Placa com informações do Parque da Ferradura na cidade de Canela em Rio Grande do Sul.
Placa no Parque da Ferradura - Canela/RS

Rio em forma de ferradura no Parque da Ferradura na cidade de Canela em Rio Grande do Sul.
Rio no Parque da Ferradura - Canela/RS

Estátua da Nossa Senhora das Graças dentro de uma pequena capela de vidro no Parque da Ferradura no município de Canela em Rio Grande do Sul.
Nsa. Sra. das Graças no Parque da Ferradura - Canela/RS

    O segundo objetivo foi conhecer os dois belos portais (Pórticos) da cidade de Gramado, pois até então conhecíamos somente um.  O primeiro visitado, e já conhecido até então, foi o que se encontra na RS-235 (Av. das Hortências, nº 6274 - Via Nova Petrópolis), e suas paredes são feitas com um mosaico de pedras, janelas verdes de madeira com pequenas jardineiras e a parte externa do sótão com ripas de madeira na vertical.

Pórtico na rodovia RS-235 no município de Gramado em Rio Grande do Sul.
Pórtico na RS-235 em Gramado/RS

    O outro portal está na RS-115 (nº 155 - Vila do Sol), e parece um pequeno castelo, com suas três torres com telhados em cone hexagonal, um relógio ao centro e duas belas sacadas em madeira trabalhada, para cada lado das marginas da rodovia.  Nesta a riqueza de detalhes é maior, além de parecer ser maior.

Pórtico na rodovia RS-235 no município de Gramado em Rio Grande do Sul.
Pórtico na RS-235 em Gramado/RS

    Em Gramado caminhamos bastante pelo centro, visitando os pontos turísticos e almoçando um delicioso sanduíche na Loja e Café Caracol Chocolates.  Em Canela visitamos também a Catedral de Pedra e passeamos um pouco pelo centro.  Nosso passeio pelas cidades se resumiu a isso, pois aproveitamos mais para descansar na pousada.


Rota: Partindo de Curitiba/PR, foram aproximadamente 720 quilômetros até Canela/RS. Optamos ir pela BR-101, pois além de estar bem conservada, nos garantiria uma quilometragem por hora maior. Outro coisa que nos motivou a seguir este trajeto, foi o fato de passar pela Rota do Sol (RS-486), rodovia que também estava em bom estado de conservação. As rodovias RS-020 e RS-235 estavam em ótimo estado de conservação. Se você ir de carro, prepare-se para pagar um pedágio bem salgado na RS-235, porém, motos não pagam.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Dicas para Viajar de Moto - A Rota

  Algumas vezes, quando a viagem é curta ou se vai para destinos já conhecidos, não necessitamos de um planejamento muito grande, mas quando vamos encarar caminhos antes não percorridos por um longo período, normalmente costumamos fazer um planejamento um pouco melhor.  Quem acompanha as viagens que descrevo aqui, talvez não imagine como eu faço esse planejamento, então, na sequência vou compartilhar alguns passos que eu executo, e que possam ser seguidos por quem tenha interesse em agregar mais conhecimento.

  Vou enumerar abaixo, por ordem de prioridade, o que eu costumo considerar ao planejar a rota de viagem:

  1. Condição da estrada;
  2. Pontos de parada/abastecimento;
  3. Tempo de viagem;
  4. Rotas alternativas.


1. Condição da estrada.
  O que todos já fazem é olhar o caminho mais curto, ou aquele que passa por rodovias principais.  Mas outra coisa interessante é olhar se elas estão em boas condições ou passando por obras.  Atualmente, usando algum site de busca na internet, essa tarefa ficou bem mais fácil, pois basta procurar pelas rodovias que vai utilizar adicionando algumas "palavras-chave".  Exemplos: "condição rodovia XXXX", "rodovia XXXX em obras", "rodovia XXXX interditada", etc.  Um extra é pesquisar "rodovia XXXX acidente", que vai te ajudar a identificar os pontos mais perigosos.  Com esses passos provavelmente você vai conseguir evitar algum contratempo, escolhendo assim outro caminho, ou adiantando a saída para compensar um possível atraso.  Se mesmo assim você não encontrar, uma outra idéia é ligar para as polícias rodoviárias responsáveis, ou postos de combustíveis encontrados e pedir informações.  Se a mesma estiver sobre pedágio, tente descobrir quem é a concessionária responsável, pois muitas vezes até no próprio site dela tem as condições da rodovia. 


2. Pontos de parada/abastecimento.
  Muitas vezes queremos só chegar ao destino e esquecemos que o caminho pode nos proporcionar belas vistas, então, pesquisar sobre pontos turísticos do caminho e reservar um tempo para eles também é uma boa idéia, além de possibilitar que você pare para dar uma "esticada nos músculos" e ainda garantir boas fotos.  A autonomia do veículo também vai influenciar nessa hora, pois alguns consomem mais, ou menos durante uma viagem comparado ao deslocamento dentro da cidade, então, é importante calcular se é interessante parar para abastecer um pouco antes, pois o próximo trecho pode não dispor de um posto de combustível.  Existem alguns mapas rodoviários (Guia Quatro Rodas por exemplo), que exibem os principais postos de combustível.


3. Tempo de viagem.
  O veículo utilizado com certeza vai influenciar o ritmo do passeio. Algumas motos (ou outro veículo escolhido) são mais confortáveis que outras, o que vão demandar frequência de paradas maiores ou menores.  Aqui, a única maneira de descobrir é fazendo uma pequena viagem teste, para verificar por quanto tempo é possível pilotar (ou dirigir) ininterruptamente, assim será possível calcular o tempo total que você vai levar para percorrer todo o caminho com as paradas para descanso.  Outra dica é tentar sincronizar as paradas com os abastecimentos, e para que uma delas ocorra próximo ao horário do almoço (ou refeições).  Se a rodovia estiver sobre pedágio, lembre-se de deixar o dinheiro separado para agilizar o procedimento, e ainda neste assunto, se a viagem coincidir com algum feriado, lembre-se que pode encontrar filas nas praças de cobrança.  Essa dica está em terceiro, pois os dois pontos acima vão influenciar diretamente na velocidade média total da viagem.


4. Rotas alternativas.
  Devido nossa incapacidade de prever o futuro com exatidão, é importante ter um "segundo plano", então, reserve um pouco do seu tempo para verificar caminhos alternativos que podem te ajudar a não desistir de tudo em caso de problemas ao percorrer a rota principal.  E se precisar usar a Rota Alternativa, lembre-se, não tente ganhar tempo fazendo loucuras, pois um problema você já vai ter, não precisa arrumar outro.  Por esse motivo é bom sempre tentar sair antes, para que o alternativo não torne-se um grande contra-tempo.  Eu sempre levo comigo o mapa impresso (tenho o Guia Quatro Rodas) por garantia, afinal, se o GPS parar e a conexão de dados te abandonar, você ainda tem algo para consultar.


  Quando estiver debruçado sobre o mapa, lembre-se também de verificar as entradas ou bifurcações que podem causar confusão, e fazer você pegar o caminho errado.  Durante a viagem preste mais atenção nas placas do que no mapa, e decore na sequência o nome das cidades que vai passar, porque se o mapa estiver desatualizado, não vai sair tanto assim do caminho planejado (pelo contrário).
    Para saber se a rodovia está sobre pedágio, eu gosto de entrar no site da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, pois lá tem um mapa interativo que indica a rodovia e a concessionária responsável.

  Basicamente são esses os passos que eu executo, mas se quiser uma dica mais simplista, preste atenção na estrada usada e no tempo de viagem.  Vale lembrar que estas dicas são para viagens não muito elaboradas, pois quando trata-se de viagens internacionais ou caminhos exóticos, muito mais coisas devem ser consideradas.

  Se quiser ler mais a respeito, clique neste link e veja Dicas para Viajar de Moto - A Moto.     

  Abraço e boa viagem a todos!